Tema: Gravidez na adolescência
Palestrante: Carla Candice Freitas
Local: Escola Municipal Dinarte Mariz
Hora: 14:00 h
Data: 21/03/2013
A concepção de uma criança é uma das mais importantes heranças humanas. Um bebê não representa simplesmente um novo membro, de fofura e graça para desfilar o orgulho da vida. Representa mudança, construção de caráter e determinante melhora no tratamento pessoal. Cuidar de uma criança significa olhar para si mesmo e para o outro. Uma experiência que para ser gratificante é preciso evitar uma educação relegada somente aos vizinhos, a escola, e priorizar a nossa casa, a instituição primordial da vida.
Expressar sua experiência de vida, mostrar os prós e os contras e acontecimentos de um relacionamento, norteia o jovem a não tomar atitudes impensadas. Sexo não é tabu e precisa ser tratado com franqueza na família.
As meninas precisam de um cuidado especial, pois elas são as maiores vítimas da desinformação, muitas vezes tendo de subentender fatos sem realmente entender como funcionam os métodos anticoncepcionais. Métodos contraceptivos existem muitos, por isso, é importante que as mulheres tenham sempre a orientação de um médico antes de optar por um, até porque a escolha do método vai depender da saúde da paciente, da idade e até mesmo do parceiro.
Por exemplo, para a mulher que esquece de tomar a pílula com frequência, uma boa opção é a injeção anticoncepcional, que é aplicada no músculo e pode ser mensal ou trimestral. De acordo com os médicos, além de proteger a mulher da gravidez, os injetáveis diminuem a intensidade das cólicas menstruais, previnem anemia e podem ser usados da adolescência à menopausa, sem pausas. Porém, esses contraceptivos podem causar retenção de líquido, aumentar as varizes e diminuir a libido da mulher.
Conheça os métodos contraceptivos:
E se o bebê vier?
Após a notícia bombástica de que um neto está a caminho, é muito comum os pais dos jovens "grávidos" se desesperarem por não acharem os filhos capazes de cuidar, emocional e financeiramente, do bebê a caminho. Até certo ponto, faz sentido. No entanto, os avós devem resistir ao ímpeto de se responsabilizar, desde cedo, por todos os cuidados com a criança.
Se começarem a resolver tudo pelos adolescentes, estarão impedindo-os de aprender e amadurecer com a experiência. "A primeira coisa que eu sugiro aos avós é buscar uma visão positiva da situação, já que não há mais como remediar. Isso facilita na tomada de decisões, pois todos estarão mais equilibrados", afirma a psicoterapeuta Thaís Petroff Garcia, da ABPC (Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva).
Replanejar a rotina com os futuros pais é uma medida importante, mais do que recriminá-los ou mesmo tentar puni-los pelo ocorrido. "Os pais devem questionar o que os dois adolescentes acham que deve ser mudado a partir de agora para se prepararem para a chegada do bebê e o que precisará ser alterado, na rotina dos dois e do resto da família, depois que a criança nascer. Podem dar opiniões e orientar, mas devem ter em mente que as decisões são sempre do casal."
Os núcleos familiares dos futuros pais devem fazer um esforço de aproximação. Afinal, a criança que vai nascer será para sempre um elo entre eles. "Se as duas famílias estiverem juntas, haverá uma base mais sólida para se enfrentar todos os desafios que surgirem. É saudável que se mobilizem para facilitar a vida do jovem casal tanto quanto possível", declara o psicoterapeuta Oswaldo Martins Rodrigues Junior, diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade).
Fonte e imagens: G1