Oficina de Xadrez ofertada na escola através do programa Mais Educação. Participam da oficina 153 alunos sob a orientação do monitor Diêgo do Vale Jatai.
O Enxadrismo, ou Arte ou gosto do jogo do xadrez, como define Aurélio, é uma atividade esportiva internacionalmente popular, organizada em uma federação - Federação Internacional de Xadrez – que é a 3ª do mundo.
No âmbito socioeducativo, o xadrez constitui uma ferramenta riquíssima, pois mescla as vantagens normais de um recurso lúdico e esportivo (o xadrez é denominado por muitos como a ginástica da mente) com possibilidades pedagógicas excelentes para a formação do educando: possibilita a socialização; elevação da autoestima, já que sua iniciação não requer pré-requisitos; acessibilidade, podendo ser usado por alunos de todas as classes sociais, diferentes níveis de ensino, faixa etária, sexo, portadores de deficiências etc.; ampliação da visão do entorno, com a percepção de que as partes formam um todo; aperfeiçoamento das capacidades cognitivas e desenvolvimento de competências e habilidades: raciocínio lógico, atenção, concentração, imaginação, organização de ideias, antecipação, disciplina, memória, autocontrole , perseverança, visão estratégica, observação, reflexão, análise, síntese, tomada de decisão, o que proporciona melhoria no desempenho dos estudos. Estes são alguns dos aspectos otimizados pela prática enxadrística.
Países como França, Espanha, Rússia e Cuba, por exemplo, reconhecem o valor do jogo do xadrez, chegando mesmo a incluí-los na grade curricular. Nos Estados Unidos, em pesquisa aplicada em 13 mil escolas americanas que utilizam o xadrez como recurso pedagógico (ver fonte abaixo), houve uma grande melhoria no desempenho escolar dos alunos, especialmente em Matemática e Redação, disciplinas que requerem concentração e imaginação. No Rio de Janeiro, como resultado do projeto XADREZ NAS ESCOLAS, houve resultados surpreendentes e positivos no comportamento e nas notas dos educandos. Além da sua eficácia, através de todos os benefícios apresentados, o xadrez na escola é uma ferramenta de baixo custo, o que estimula a sua implementação como recurso pedagógico.
Foi por todas essas razões que a Escola Municipal Dinarte Mariz escolheu a Oficina de Xadrez como uma das opções do programa Mais Educação. A Oficina de Xadrez, desenvolvida já há dois anos na instituição, tem como monitor Diêgo do Vale Jatai. Todas as terças e quintas, Diêgo desenvolve atividades enxadrísticas com os 153 alunos que fazem parte do programa Mais Educação. Ele defende o ensino do xadrez na escola por este auxiliar o aluno na organização da sua vida pessoal. Ainda segundo Diêgo, o interesse e a motivação do aluno para vir à escola tem sido enorme: “os alunos estão sempre querendo aprender e exercitam a concentração, o que se reflete também no comportamento apresentado dentro da sala de aula.
Lucas Gabriel, de 9 anos, aluno do 3o ano na escola, quando perguntado sobre a importância do xadrez, diz este “ajuda a pessoa ficar mais sabida (inteligente)”. Sua irmã, Geovanna Gabrielly, de 10 anos, que faz o 5o ano, afirma que o xadrez é “um modo de ensinamento para a gente prestar mais atenção em nossa vida”. Carlos Daniel, de 9 anos, também aluno do 3o ano, gosta do xadrez porque, segundo ele, “é legal e com ele melhoro meu comportamento tanto na escola como na rua”. Maria das Graças, estudante do 8o ano, diz o seguinte: “O xadrez mudou a minha vida. Eu era bem agitada, irrequieta. Percebi que estou bem mais paciente e raciocinando melhor. Até nos cálculos em Matemática tem me ajudado. Se não fosse o xadrez, eu não seria a pessoa que sou hoje”.
Esses depoimentos reforçam bem o que foi dito acima sobre a relvância do xadrez na escola.
Fonte da pesquisa citada: